Mudanças que valorizam o imóvel entregue, sala integrada com porcelanato, cozinha planejada e varanda com cortina de vidro.

Mudanças que valorizam o imóvel entregue: por onde começar

Você recebeu as chaves e quer valorizar sem gastar à toa. Aqui você vai ver mudanças que valorizam o imóvel entregue e o que priorizar.

Priorize piso de impacto, marcenaria planejada na cozinha, iluminação com gesso, varanda utilizável e automação básica. Essas melhorias aparecem nas fotos e no uso diário. Evite mexer em estrutura sem aval do condomínio e sem perder a garantia.

Leia também: Como preparar o imóvel recém-entregue para morar?

Planejamento inicial para valorizar o imóvel entregue

Texto: Antes de quebrar nada, leia o manual do proprietário. Ele mostra o que pode alterar sem perder a garantia (promessa do fabricante de consertar defeitos). Veja também as regras do condomínio. Em muitos prédios do Rio, obras pedem ART/RRT (documento do engenheiro/arquiteto).
Defina um teto de gastos e um cronograma simples: primeiro infraestrutura (pontos, gesso), depois revestimentos e, por fim, marcenaria. Foque nas mudanças que valorizam o imóvel entregue e aparecem nas fotos: piso, cozinha, luz e varanda. O resto pode esperar.

Checklist rápido (prioridades):

  • Garantia e regras do condomínio aprovadas.
  • Teto de gastos definido e fases da obra na ordem certa.

Números na prática: Com R$ 20.000 focados em piso, iluminação e marcenaria básica, o apê pode pedir ~R$ 35.000 a mais e vender mais rápido.

Piso e acabamentos que mais aparecem

Piso é o “cartão de visitas” do apê. Ele sai bem nas fotos e muda a sensação de espaço. Se quer mudanças que valorizam o imóvel entregue, comece por aqui. Prefira porcelanato grande (ex.: 80×80) em tom neutro. “Retificado” significa borda reta, com juntas menores.
Capriche no rejunte (massa entre as peças) e no rodapé alto, de 10–12 cm. Em prédios do Rio, muitos condomínios pedem manta acústica (camada que reduz ruído de passos). Isso evita dor de cabeça com o vizinho de baixo. Piso vem antes da marcenaria, sempre.

Números na prática: Sala + cozinha de 25 m² a R$ 200/m² (material + obra) = R$ 5.000. Com rodapé e extras, feche em ~R$ 12.000. Percepção de valor costuma subir ~R$ 20–25 mil no pedido.

Marcenaria planejada: cozinha e armazenamento inteligente

Cozinha planejada com torre e aéreos até o teto

Marcenaria planejada organiza e valoriza. Comece pela cozinha. Meça tudo e pense nos fluxos: geladeira → pia → fogão. Use módulos até o teto para ganhar área. Portas com amortecedor duram mais. MDF é a placa de madeira prensada mais comum na marcenaria (boa relação custo/benefício).
Inclua torre de forno e micro, cantos bem resolvidos e gavetões para panelas. Na lavanderia, um armário alto esconde produtos e varal. Piso vem antes, marcenaria depois. Evite furar perto de tubulações. Peça projeto com vistas e ferragens descritas.

Números na prática: Cozinha compacta + torre + aéreos: ~R$ 15.000. Com lavanderia básica, ~R$ 18.000. Isso reduz pechincha em ~R$ 10–15 mil e ajuda nas fotos do anúncio.

Iluminação, gesso e tomadas: conforto que vende

Forro de gesso (teto falso) permite esconder fios, nivelar o teto e criar cenas de luz. Use trilhos com spots na sala e jantar; plafons nos quartos; fita de LED na bancada e nos armários. Kelvin (K) é a “cor” da luz: 3000K é mais quente; 4000K é neutra.
Preveja dimerização simples e tomadas extras onde há uso real: bancada, home office, cabeceira e varanda. Em obras no Rio, combine dias de maior ruído para cortar gesso e peça um eletricista habilitado para revisar disjuntores.

Números na prática: Gesso e pintura em 35 m² ~R$ 3.500. Trilho, spots, plafons e fitas ~R$ 2.500. Total ~R$ 6.000. A percepção sobe em ~R$ 10.000 e as fotos do anúncio ficam muito melhores.

Varanda e área de serviço: uso inteligente sem dor de cabeça

Varanda bem resolvida vira “segundo ambiente”. Aposte em bancada leve com apoio para grill elétrico, nichos para plantas e ponto de tomada. Cortina de vidro é o fechamento com painéis retráteis; só instale com aprovação do condomínio e padrão definido para a fachada. Na área de serviço, um armário alto organiza produtos e esconde o aquecedor.
Evite furar a laje de varanda (risco de infiltração) e respeite ralos/saias de piso. Use materiais fáceis de limpar e que não pesem. Em muitos prédios do Rio, a cortina de vidro exige ART/RRT e empresa credenciada.

Números na prática: Bancada compacta + nichos + armário de serviço + fechamento padrão: ~R$ 8.000–10.000. A percepção de valor sobe ~R$ 10–12 mil e o apê anuncia melhor como “varanda utilizável”.

Automação básica e ar-condicionado pronto

Comece simples: lâmpadas smart, 1–2 interruptores inteligentes e Wi-Fi bem distribuído. “Automação básica” é controlar luz e tomadas pelo celular/voz sem quebradeira. Programe cenas: filme, jantar, dormir. Isso passa sensação de apê “pronto”.

Para ar-condicionado, prepare a infraestrutura (tubos, dreno e ponto elétrico dedicado). BTU é a “força” do ar; escolha pelo tamanho do cômodo. Em muitos prédios do Rio, o ponto vai para varanda técnica. Faça antes do gesso e da marcenaria.

Números na prática: Infra do split (sala + quarto) ~R$ 3.500. Lâmpadas smart + 2 interruptores ~R$ 500. Total ~R$ 4.000. A percepção de valor sobe ~R$ 7–10 mil e o anúncio ganha “smart home”.

Números na prática (consolidado)

Vamos juntar as mudanças que valorizam o imóvel entregue num pacote enxuto. Priorize o que aparece nas fotos e melhora o uso diário. Piso novo, cozinha planejada, luz bem pensada, varanda utilizável e automação simples. Com obra organizada, você faz em fases e controla o caixa.

Números na prática: Piso (R$ 12.000) + marcenaria de cozinha (R$ 15.000) + gesso/iluminação (R$ 6.000) + varanda básica (R$ 8.000) + automação/infra do ar (R$ 4.000) ≈ R$ 45.000. Resultado típico: permite pedir ~R$ 60–70 mil a mais ou reduzir a pechincha e o tempo de venda.

Ping Pong (FAQ)

1) Quanto investir sem errar?
De 5% a 10% do valor do imóvel costuma bastar. Priorize piso, cozinha e luz. Ex.: apê de R$ 400 mil → R$ 20–40 mil.

2) O que pode afetar a garantia?
Mexer em hidráulica/eletricidade sem técnico, furar laje ou alterar fachada. Siga o manual e peça ART/RRT quando exigido.

3) Preciso de autorização do condomínio?
Para cortina de vidro, ar-condicionado e obras com ruído, sim. No Rio, muitos prédios exigem padrão de fachada e horário fixo.

4) Piso primeiro ou marcenaria primeiro?
Piso vem antes. Depois gesso/ele elétrica e, por último, marcenaria. Assim você não danifica armários novos.

5) Vale automatizar agora ou depois?
Comece pelo básico: lâmpadas e 1–2 interruptores. Deixe infraestrutura pronta para crescer sem quebrar de novo.

6) Em quanto tempo isso valoriza na prática?
Geralmente já aparece nas fotos do anúncio. Em mercado aquecido, pode reduzir semanas de negociação e pechincha.

Conclusão

Agora você sabe quais mudanças que valorizam o imóvel entregue fazem diferença. Comece pelo essencial, siga o manual, respeite o condomínio e planeje por fases. Isso deixa o apê bonito nas fotos e prático no dia a dia.

Monte um checklist simples com prazos e tetos de gasto por item. Anote fornecedores, prazos de entrega e folga para imprevistos. Assim você controla o bolso e evita retrabalho.

Artigos relacionados