Casas ou Apartamentos? Onde Lucrar Mais em Vargem Grande
Se você busca casas ou apartamentos lucrativos em Vargem Grande, este guia compara, de forma prática, o que tende a dar mais resultado para renda e valorização. Em um dos bairros mais verdes da Zona Oeste, com acesso ao Recreio, Vargens e Transolímpica, o investidor encontra dois caminhos claros: casas (muitas em condomínio) com terreno e baixa taxa condominial, e apartamentos de lançamentos com lazer completo e gestão facilitada. Aqui você verá como calcular cap rate, considerar vacância e custos (condomínio, IPTU, seguro), além de simulações de compra na planta em 12–36 meses e cenários de revenda. O objetivo: ajudar você a decidir com números, não só com impressão.
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Resposta rápida: qual rende mais?
Se você busca previsibilidade de renda (contratos anuais), apartamentos de 1–2 quartos em lançamentos com lazer e segurança tendem a ter vacância menor e liquidez maior. O condomínio pesa no bolso, mas a demanda é constante e a gestão é simples.

Se a meta é cap rate líquido mais alto e baixo custo fixo, casas em condomínio com taxa condominial baixa costumam vencer. Bonus: edícula/home office pode virar segunda fonte de renda (locação separada) e aumentar o ticket.
Para revenda no pós-chaves, apartamentos com marca forte e lazer completo geralmente giram mais rápido, pois cabem no financiamento padrão e atraem primeiro comprador. Já casas em loteamentos consolidados ganham na escassez de terreno, capturando valorização por metro de terra.
No aluguel por temporada (famílias e grupos), casas com quintal/churrasqueira costumam superar em diária, desde que o regulamento do condomínio permita e a operação seja bem gerida.
Resumo prático: renda estável e líquida → leve apê; renda máxima e potencial de expansão (anexo/terreno) → vá de casa. Carteira mista equilibra risco e retorno.
Mercado e perfil de demanda em Vargem Grande
Vargem Grande atrai quem busca verde, quintal e sossego com acesso ao Recreio e às Vargens. A malha viária pela Estr. dos Bandeirantes e conexões à Transolímpica facilitam deslocamentos para Barra/Recreio, mantendo preços mais acessíveis que bairros litorâneos.
A demanda de compra divide-se entre famílias em busca de casas em condomínio (pet friendly, área externa) e casais/jovens que preferem apartamentos compactos com lazer. Investidores entram para capturar renda e valorização de médio prazo em lançamentos.
No aluguel, há três núcleos: moradia anual para trabalhadores da região e do Recreio; temporada/fim de semana para famílias que querem espaço e churrasco; e aluguel corporativo (obras, eventos, profissionais temporários), que valoriza segurança e vaga.
Tickets tendem a ser mais baixos que na Barra/Recreio, mas a escassez de terrenos bons e o avanço de infraestrutura elevam a perspectiva de valorização. Condomínios com lazer e portaria geram vacância menor; casas com terreno maior elevam diária na temporada e cap rate, se a operação permitir.
Como calcular a rentabilidade na prática
Para comparar casas ou apartamentos lucrativos em Vargem Grande, padronize as contas. Trabalhe sempre com cap rate bruto, cap rate líquido e, se houver financiamento, cash-on-cash.
- Fórmulas rápidas:
Cap rate bruto = Aluguel anual ÷ Preço total.
Cap rate líquido = (Aluguel anual − Vacância − Custos) ÷ Preço total.
Custos: condomínio + IPTU + seguro + manutenção + taxa de administração.
Cash-on-cash = NOI (renda líquida anual) ÷ (Entrada + custos de aquisição).
Exemplo 1 — Apartamento (ilustrativo)
Preço R$ 420.000; aluguel R$ 2.800/m; condomínio R$ 600/m; IPTU R$ 150/m; admin 10%; seguro R$ 500/ano; manutenção R$ 1.000/ano; vacância 1 mês.
Resultado: cap bruto 8,0%; cap líquido ~4,1% (NOI ≈ R$ 17.220/ano).
Exemplo 2 — Casa em condomínio (ilustrativo)
Preço R$ 550.000; aluguel R$ 3.600/m; condomínio R$ 250/m; IPTU R$ 200/m; admin 10%; seguro R$ 600/ano; manutenção R$ 2.000/ano; vacância 1 mês.
Resultado: cap bruto ~7,85%; cap líquido ~5,03% (NOI ≈ R$ 27.640/ano).
Como ler os números
Apartamentos tendem a ter vacância menor e liquidez de revenda mais alta, mas o condomínio pesa e comprime o cap líquido. Casas costumam ter condomínio mais baixo e, quando bem localizadas/funcionais, entregam cap líquido maior, mesmo com tíquete de compra superior.
Ajustes finos que mudam o jogo
- Vacância: reduza com boa gestão (anúncio, preço, resposta rápida).
- Condomínio/IPTU: confirme reajustes e fundos de obras.
- Administração: negocie taxa (7–10%) ou faça gestão própria.
- Manutenção: padronize acabamentos para baratear trocas.
- Seguro/fiança: embuta no preço ou exija garantias.
Dica: registre tudo em uma planilha e compare pelo cap líquido. Se houver financiamento, avalie também o cash-on-cash no seu cenário de entrada/parcelas, veremos uma simulação completa no Bloco 8.
Quando casas ganham
Casas em condomínio com taxa baixa costumam entregar cap rate líquido superior porque o custo fixo mensal pesa menos no NOI. Some a isso a possibilidade de ampliar área útil com edícula, ateliê ou home office, criando uma fonte extra de renda sem comprar outro imóvel.

Em Vargem Grande, terrenos generosos e ruas mais tranquilas favorecem estadas familiares e de fim de semana com diárias acima da média. Se o regulamento permitir temporada e a casa tiver quintal, churrasqueira e 2 vagas, a ocupação tende a subir em feriados prolongados, elevando o resultado anual.
Na revenda, casas em loteamentos consolidados e com documentação redonda capturam a escassez de terreno. Uma suíte extra, paisagismo e uma fachada bem resolvida destravam desejo e reduzem tempo de venda. Já percebeu como dois imóveis com mesma metragem performam diferente? O detalhe arquitetônico conta.
No longo prazo, a flexibilidade pesa: trocar revestimentos, instalar placas solares e adaptar acessos pode reduzir custos e abrir público. Em bairros de perfil residencial como Vargem Grande, essa versatilidade costuma manter a casa competitiva mesmo quando surgem novos lançamentos de apartamentos por perto.
Quando apartamentos ganham
Apartamentos em lançamentos com lazer completo e portaria 24h costumam vencer em vacância e liquidez. Em Vargem Grande, onde muitos buscam primeira moradia perto do Recreio, unidades de 1–2 quartos e gardens (área externa privativa) atraem casais e pequenos núcleos familiares, público estável para contratos anuais.
O custo de manutenção é mais previsível: estrutura padronizada, garantias da construtora no pós-obra e facilidade de troca de inquilino reduzem surpresas. Mesmo com condomínio mais alto, a gestão de locação é simples (portaria recebe chaves/entregas, áreas comuns valorizam o anúncio), o que ajuda a preservar cap rate líquido.
Para revenda, a “marca do empreendimento” + lazer (piscina, coworking, academia) amplia o funil de compradores e acelera aprovação de crédito imobiliário. Isso encurta o tempo de saída no pós-chaves, especialmente em faixas de preço que cabem no financiamento padrão.
No curto prazo/temporada, condomínios que permitem estadias podem performar bem em finais de semana e eventos da região; a segurança e as áreas de lazer aumentam a taxa de conversão. Atenção apenas a regras internas (mínimo de diárias, cadastro de hóspedes).
- Sinais de que o apê tende a ganhar: lazer forte, mix de plantas eficiente (1–2 qtos), condomínio bem gerido, acessos fáceis (Bandeirantes/Transolímpica) e histórico de ocupação no entorno.
Simulação: casa x apê na planta (12–36 meses)
Premissas comuns (ilustrativas): obra em 24 meses, ato 10%, obra 10% parcelada, chaves 80% (financiável/assumido por comprador na cessão). Vacância padrão: 1 mês/ano. Imposto sobre ganho de capital na cessão: 15%.
A) Apartamento na planta
- Preço lançamento: R$ 420.000
- Ato (10%): R$ 42.000
- Obra (10%/24m): R$ 42.000 → R$ 1.750/mês
- Saldo na entrega (80%): R$ 336.000 (financiável/assumido em cessão)
Aluguel pós-chaves (anual): R$ 2.800/m × 12 = R$ 33.600
Vacância (1 mês): R$ 2.800
Condomínio: R$ 600/m × 12 = R$ 7.200
IPTU: R$ 150/m × 12 = R$ 1.800
Administração (10% sobre 11 meses): 11 × 2.800 = 30.800 → R$ 3.080
Seguro: R$ 500/ano
Manutenção: R$ 1.000/ano
NOI (renda líquida anual):
33.600 − (2.800 + 7.200 + 1.800 + 3.080 + 500 + 1.000)
33.600 − 16.380 = R$ 17.220
Cap rate bruto: 33.600 ÷ 420.000 = 8,0%
Cap rate líquido: 17.220 ÷ 420.000 ≈ 4,1%
Cessão na entrega (ganho por valorização):
– Cenário +12%: preço de venda R$ 470.400
Valor a receber do comprador: 470.400 − 336.000 = R$ 134.400
Capital investido na obra: 42.000 + 42.000 = R$ 84.000
Ganho bruto: 134.400 − 84.000 = R$ 50.400
Imposto (15%): 7.560 → Ganho líquido: R$ 42.840
ROI sobre capital investido (24m): 42.840 ÷ 84.000 ≈ 51% (~26% a.a.)
(Para referência: +8% → ROI líquido ≈ 34%; +18% → 76,5%).
B) Casa em condomínio na planta
- Preço lançamento: R$ 550.000
- Ato (10%): R$ 55.000
- Obra (10%/24m): R$ 55.000 → R$ 2.291,67/mês (~R$ 2.292)
- Saldo na entrega (80%): R$ 440.000 (financiável/assumido em cessão)
Aluguel pós-chaves (anual): R$ 3.600/m × 12 = R$ 43.200
Vacância (1 mês): R$ 3.600
Condomínio: R$ 250/m × 12 = R$ 3.000
IPTU: R$ 200/m × 12 = R$ 2.400
Administração (10% sobre 11 meses): 11 × 3.600 = 39.600 → R$ 3.960
Seguro: R$ 600/ano
Manutenção: R$ 2.000/ano
NOI (renda líquida anual):
43.200 − (3.600 + 3.000 + 2.400 + 3.960 + 600 + 2.000)
43.200 − 15.560 = R$ 27.640
Cap rate bruto: 43.200 ÷ 550.000 ≈ 7,85%
Cap rate líquido: 27.640 ÷ 550.000 ≈ 5,03%
Cessão na entrega (ganho por valorização):
– Cenário +12%: preço de venda R$ 616.000
Valor a receber do comprador: 616.000 − 440.000 = R$ 176.000
Capital investido na obra: 55.000 + 55.000 = R$ 110.000
Ganho bruto: 176.000 − 110.000 = R$ 66.000
Imposto (15%): 9.900 → Ganho líquido: R$ 56.100
ROI sobre capital investido (24m): 56.100 ÷ 110.000 ≈ 51% (~23–26% a.a.)
(Referência: +8% → ROI líquido ≈ 34%; +18% → 76,5%).
C) Efeito “edícula/home office” na casa
Suponha investir R$ 60.000 para criar um anexo locável.
Aluguel extra estimado: R$ 1.200/m → R$ 14.400/ano.
Descontos ilustrativos: vacância 1 mês (R$ 1.200), administração 10% sobre 11 meses (R$ 1.320), manutenção/seguros (R$ 900).
NOI extra ≈ 14.400 − (1.200 + 1.320 + 900) = R$ 10.980/ano.
Retorno do anexo: 10.980 ÷ 60.000 ≈ 18,3% a.a.
Novo cap líquido da casa (aprox.):
NOI total: 27.640 + 10.980 = R$ 38.620/ano.
Sobre custo atualizado (550.000 + 60.000 = 610.000):
38.620 ÷ 610.000 ≈ 6,33% (antes, 5,03%).
Leitura dos resultados
- Renda: a casa, com condomínio barato, tende a cap líquido maior.
- Revenda (ágio na entrega): com mesma alavancagem (80%), ROI na cessão fica parecido para casa e apê dado o % de valorização.
- Upside: a casa permite acréscimo de renda (edícula), o que eleva o cap ao longo do tempo.
- Liquidez: o apartamento tende a girar mais rápido no pós-chaves e manter vacância menor.
Dica prática: se o objetivo é renda recorrente, a casa sobressai; se o foco é liquidez e simplicidade, o apê é mais previsível. Carteira mista reduz risco.
Riscos e como mitigar
Regulamentos condominiais: algumas administradoras restringem temporada ou pets. Peça ATA, convenção e RI antes de assinar. Sem isso, o plano de renda pode cair.
Licenciamento e documentação: em casas, confira habite-se, RGI e CND do condomínio/loteamento. Em apartamentos na planta, leia memorial descritivo e cláusulas de tolerância.
Custos invisíveis: rateios de obra, reajustes do condomínio e seguros obrigatórios podem comprimir NOI. Provisione +10–15% de buffer anual.
Vacância e precificação: imóveis mal fotografados ou acima do preço do bairro ficam ociosos. Use comparáveis reais e revise preço a cada 30 dias.
Liquidez: casas muito específicas (plantas “quebradas”, acabamentos exóticos) e apartamentos com lazer fraco demoram a vender. Busque plantas versáteis e empreendimentos com marca.
Fornecedores: terceirização sem SLA derruba reputação em temporada. Tenha check-list de limpeza, manutenção preventiva e manual do hóspede.
Checklist para decidir e negociar
- Defina a tese: renda mensal estável (apê) ou cap rate máximo/expansível (casa).
- Mapeie regras: confirme temporada/pets e horários em convenção/RI.
- Valide demanda: pesquise aluguel/m² e ocupação em 3 comparáveis próximos.
- Simule números: cap bruto e líquido com vacância e todos os custos.
- Analise condomínio: histórico de rateios e reajustes; visita à assembleia/portaria.
- Inspeção técnica: vistorie hidráulica/elétrica, telhado (casa) e áreas comuns (apê).
- Negociação: peça descontos/itens (armários, telas, ar-cond.) e prazo.
- Saída de liquidez: planeje pós-chaves (revenda/locação) e documentos do banco.
- Gestão: defina administração (7–10%) ou operação própria com SLA.
- Plano B: se a tese principal falhar, qual é o segundo uso (anexo, long stay etc.)?
Conclusão
Para casas ou apartamentos lucrativos em Vargem Grande, a regra prática ficou clara: apartamentos oferecem vacância menor e liquidez; casas entregam cap rate líquido superior e potencial de expansão (edícula/home office). Se quer simplicidade e giro, priorize um apê com lazer forte. Se busca renda máxima e flexibilidade, opte por casa em condomínio com taxa baixa. Próximo passo? Rodar suas simulações com comparáveis reais e visitar 2–3 opções de cada tese.
FAQ
1) Posso operar aluguel de temporada em qualquer condomínio?
Não. Verifique convenção e RI; muitos exigem cadastro prévio e limite de diárias.
2) Casa em rua pública é menos segura que condomínio?
Depende do miolo. Portaria e controle de acesso ajudam na percepção e no ticket de aluguel.
3) O que mais derruba cap rate no apê?
Geralmente condomínio alto e vacância por precificação errada ou fotos ruins.
4) Vale comprar na planta só para revender no pós-chaves?
Pode valer com marca forte e demanda comprovada. Tenha plano B de locação.
5) Edícula sempre aumenta rentabilidade da casa?
Quando regularizável e com acesso independente, costuma elevar NOI. Faça conta do payback.